sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Palavras de minha irmã

Amanhã, dia 4 de dezembro, faz 11 anos que meu pai foi embora. Peço para quem está lendo e ainda tem seu pai, que aproveite todos os dias ao lado dele da melhor maneira possível. Segue as palavras da minha irmã Jú.

"Ao meu grande Pai
Você era a maior de todas as pessoas.
Minha proteção.
Quem me cuidou quando bebê quando minha mãe saia pra trabalhar.
Há onze anos você era a pessoa que preenchia meus dias de alegrias, risadas, carinhos...
Você faz falta em tudo.
Eu queria muito ter tido a oportunidade de te mostrar meu filho, minha família, minha cachorra Genevieve.
Por que você foi embora tão cedo?
Eu cheguei a brigar com Deus por muitos anos e ainda hoje, muitas vezes me sinto incapaz de concordar com o que aconteceu naquele dia 04 de dezembro.
Eu só queria um abraço, um sorriso e um apertão no nariz!
Um dia estaremos juntos novamente.
Até la, prometo que vou seguir com muito juízo conforme sempre me cobrou.
Eternamente, com o mesmo amor no coração.
De sua filha capeta, Ciú."

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Instante.

Pai,
Ontem vi um avô brincando com seus netos e, inevitavelmente, sonhei com você essa noite. Você estava bonito, de calça jeans, camiseta branca e barbudo. Sorria muito, me abraçou e me disse que tudo vai ficar bem. Confio em você.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Um livro doce de uma amiga doce!


Hoje ganhei esse presente surreal de uma amiga surreal: a Karenzinha! A autora é a dona da Maria Brigadeiro, o primeiro ateliê do Brasil especializado em brigadeiro gourmet. O mais interessante é que ela era jornalista e largou tudo para vender os famosos docinhos. Vou transcrever um trecho do livro que me emocionou:
"Mas minha filha, onde é que já se viu largar uma carreira de jornalista para fazer brigadeiro para fora?" Essa foi a pergunta de meu pai (...) Podia não fazer muito sentido, é verdade, mas descobri, numa aula de filosofia, que coerência demais nem sempre é bom. "Você quer ter razão ou ser feliz?", questionou o professor, quando eu estava no primeiro ano de jornalismo. Respondi à pergunta dez anos depois, vibrando em silêncio, quando entreguei minha primeira encomenda de brigadeiros: "Quero ser feliz".
OBRIGADA KAREN!!! VOCÊ DEIXOU MEUS SONHOS AINDA MAIS LINDOS!!!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fim de semana sorocabano

Quando chegamos, a comidinha já estava na mesa e a alegria dela era contagiante. O cansaço da viagem nem pensou em chegar e conversamos tanto, tanto, que nem sentimos o tempo passar. Isso é uma das coisas que eu mais gosto de fazer na minha vida: reunir minha irmã, meu irmão e minha mãe... pessoas que sempre me provam que a simplicidade, o respeito e a educação ainda existem. Não foi preciso fazer passeios sofisticados, idas a restaurantes, compras no shopping. Ali, dentro de casa, tínhamos tudo o que precisávamos: nós mesmos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sai da frenteeeeeeeeeeeeee!

Esse blog já está ficando velhinho e eu ainda não deixei registrado aqui um fato que eu considero um divisor de águas na minha vida.
Um belo dia, há uns 7 anos atrás, eu sai pra ir ao mercado com meu Fiat Uno 86 e, como sempre, voltando das compras, o "independente" resolveu parar. Parou ainda no meio de uma avenida movimentada: a Duque de Caxias, srs. bauruenses. Em seguida, batem no meu vidro: "Sra., não é permitido parar aqui", diz o policial. "Ah, não pode??!?! Eu queria tanto chamar a atenção...", pensei comigo. Claro que eu sabia que não podia! E assim, dois policiais pararam a avenida e empurraram meu carro para a próxima rua à direita.
Foi quando vi que era a rua onde movara uma amiga minha e pensei: "Puxa que fácil! Vou empurrar o carro um pouquinho, estacionar na frente da casa dela e pedir ajuda". Faltavam 2 quadras para nós (eu e o carro) chegarmos na casa.
Então, eu desci do carro e dei uma leve empurradinha para entrar nele novamente e fazer a relíquia "pegar no tranco". Só que quando eu empurrei, o Fiat pegou embalo e eu não consegui mais entrar nele. Pensando ser uma mutante, tentei segurar o carro para que ele não descesse ladeira abaixo. (Esse era mais um detalhe: a rua era uma descida). E foi assim que meu companheiro de tantos momentos escapou de meus dedos e desceu rua abaixo, desembestado, em alta velocidade e eu, incansável, correndo atrás dele como uma louca.
O mais incrível é que ele percorreu duas quadras sozinho, a uns 70Km/h, e não bateu em nenhum carro, nem matou ninguém, o melhor: ele entrou em um posto de atendimento da Polícia Militar. Bateu em um portão eletrônico que tinha acabado de ser instalado.
Conclusão: um Tenente me consolou e eu tive que vender o carro batido por R$1.500,oo para pagar o portão que custava R$900,00. Sobrou R$600,00 para gastar com papel higiênico e passes de ônibus.
Nunca vou me esquecer daquele dia. Eu havia perdido o meu primeiro carro por causa do famoso "minuto de bobeira". Hoje, essa história rende risadas, novas amizades e um carro mais novo. É, não foi de todo mal.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Me ajudem!!!


É assim: eu preciso de um nome para divulgar meu divino brigadeiro e outras guloseimas que gosto de fazer e vendo. As opções são as seguintes:
Sabor & Magia
Brigadeiro & Cia.
Casa do brigadeiro
Com açúcar, com afeto
Caseirinho

VOTEM, PLEASE OU DÊEM UMA SUGESTÃO!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Respeitável público

Sim leitores, essa é a cara do Deputado Federal mais votado do Brasil, com mais de 1,3 milhões votos. Ainda não há provas se ele é alfabetizado, mas enquanto isso, amanhã ganho na Mega, tiro o meu passaporte e o das crianças e vou-me embora pra Pasárgada.

sábado, 4 de setembro de 2010

Linda simplicidade

Estou em Duartina para passar o feriadão e agora à tarde fui comprar doces em uma senhorinha muito simples que mora aqui perto da casa da minha mãe. Ela se chama Dona Ilda e me conhece desde quando eu tinha 9 anos. Na sua casa existe um quartinho onde há vários tipos de guloseimas: paçoca, bala, chiclete, sorvetes e afins.
Quando a chamei, ela apareceu com aquele mesmo vestido de 20 anos atrás que usa com tênis. Estilo que apelidamos de "Modelito Dona Ilda" e que já nos rendeu muitas risadas, admito. Perguntei para ela quais eram os sabores de sorvete . Eu sabia quais eram, mas não me canso nunca de escutar a vozinha baixa, dizendo: "chocolate, "froco", "mii verdi", abacaxi e "laika".
Fiquei ali por uns 5 minutos e me lembrei de tanta coisa. Das altas horas da noite em que, no auge da "aborrecência", eu e meus amigos acordávamos a fofinha pra pedir 3 balas por 10 centavos, das vezes que pedimos para marcar numa conta que nunca pagamos. E ela sempre atendendo a gente com aquele sorrisão, que hoje já acompanha muitas outras rugas.
Foi muito bom. Hoje, eu senti o cheirinho da minha infância.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Inspirações

* Minha professora dando aula de hidro dentro da piscina aos 8 meses de gestação;
* O Floquinho lambendo minha mão pra eu acordar às 6h20;
* O João lavando louça;
* A minha mãe aposentada trabalhando;
* Minha irmã trabalhando até de madrugada;
* Meu irmão concluindo o mestrado na sexta e começando o doutorado na segunda;
* As pessoas que sabem tudo de matemática;
* Meus filhos mergulhando sem tamparem o nariz;
* A música "Último Romance" do Los Hermanos.

(Gente, não reparem que eu to com mania de escrever texto em itens. La se foi mais um.)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pérolas


"Ô pai, para de conferir essa Telesena porque a gente não vai ganhar, só ganha quem é pobre. A gente é médio". JP

"Mãe, pinta a minha unha do pé de roxo?!" Marina

"Mãe, se os carros poluem o ar, porque a gente não coloca papel alumínio no escapamento?" JP

(tomando banho juntas) "Mãe! Você faz xixi toda hora!" Marina

"Mãe, faltam quantos meses pro Natal? E dias? E horas? JP

"Se eu me perder no mercado, a polícia vai falar: menina, cadê sua mãe e pápápá" Marina

"Mãe! Você desarrumou minha gaveta! Eu já falei que as bermudas ficam do lado direito e as camisetas do lado esquerdo." JP

"Eu quero crescer logo pra não sentar mais na cadeirinha." Marina


Alguém ainda quer saber se é bom ser mãe?

domingo, 8 de agosto de 2010

Para o meu pai.

Lembro como se fosse hoje o que vivemos. Sim, tinha que ser intenso, porque terminaria logo. Eu convivi com meu pai por apenas 18 anos e foi o suficiente para ser eterno. Eu era criança ainda e presenciei grandes momentos, como uma super vergonha na escola, quando ele ia me buscar e entrava na sala de aula, vingindo ser o professor e quando apertava o nariz nas minhas amigas até ficar roxo. Eu o vi chorando porque simplesmente, por causa de uma gripe, ele não conseguia sentir o sabor de um pastel de carne, uma de suas comidas favoritas. Eu senti a dor de um tapa no rosto, quando dei de ombros para um comentário seu. E tudo isso me fez crescer, aprender e ensinar aos meus filhos quem foi o avô que infelizmente eles não conheceram. Guardo uma foto bonita sua em minha carteira e te levo comigo. Sempre. Feliz Dia dos Pais. Onde você estiver.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Adoro ser prática.

Hoje à tarde, eu levei meus filhos para a aula de natação e enquanto eles estavam na água com uma música superanimada tocando, deu tempo de pensar em tanta coisa... na minha voz que não volta, em amizades que se acabam (que não devem ter sido verdadeiras, porque se fossem não acabariam), na minha amiga que vai embora pra crescer profissionalmente e em tantas outras amigas que ainda estão por perto, no meu marido que bateu o carro e eu exagerei na bronca que dei, enfim... Agora à noite, eu vou tomar um chá com alho, mel e limão, me despedir da minha amiga que se vai e desejar a ela boa sorte sempre, e dizer pro meu marido que eu o amo desse jeitinho que ele é, desligadão. E aí, todas as minhas crises do dia se acabam.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Estar de férias é...


... Não saber que dia é hoje.

... Assistir Vale a Pena Ver de Novo, de novo.

... Tomar 1 litro de sorvete por dia.

... Não subir na balança.

... Pensar nas próximas férias.

... Dormir e acordar quando, onde e que horas quiser.

... Checar o e-mail 7 vezes por dia.

... Arrumar o armário (mentira).

domingo, 18 de julho de 2010

Para o meu irmão.

A casa pequena, a cozinha sem mesa, a tv desligada, as plantas, o cachorro e o menor banheiro do mundo... Ali encontramos PAZ!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

TOP FIVE TPF (Tensão Pré-férias)

Em 5º lugar: quando passo pela catraca, minha cabeça dói.
Em 4º lugar: a margarina da copa não tem mais o mesmo sabor.
Em 3º lugar: fico inventando coisas idiotas e sem sentido para escrever nesse blog.
Em 2º lugar: tentei secar os cabelos com ferro de passar roupa.
Em 1º lugar: enquanto o homem do gás explica que a válvula está quebrada, eu penso que seria bom que explodisse tudo logo, assim eu entraria de férias antes.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O futebol é arte...


Quem me conhece sabe que é difícil alguma coisa me deixar triste. Mas hoje, vendo a derrota de cerca de 190 milhões de pessoas que pararam de trabalhar, de falar, de andar, de comer, de transar, de roubar, de vender, de comprar por um jogo de futebol, me senti moidinha, frustada, exausta. Porque o maior motivo da Copa do Mundo, para mim, é assistir aos jogos com gente bacana, conversar de outros assuntos e só parar pro goooooool e gritar com histeria quando ele acontece, sem ao menos saber o que é um impedimento ou confundir o Juan com o Robinho.

Por isso, eu peço: Volta "mais Zangado do que Dunga", pode vir que o Brasil te espera de braços fechados e pedras na mão. O que a gente queria era fazer festa e você mandou a banda parar de tocar e acendeu a luz.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tudo.

Hoje ganhei dois presentes: uma poesia surreal de uma amiga surreal e o orgulho de ver minha mãe trabalhando no que ela se formou há cerca de 30 anos. Detalhe: ela nunca havia exercido tal profissão.
O primeiro presente me deixou feliz por saber que realmente ganhei uma amigaça, daquelas de conversar com os olhos. O segundo me leva onde quero estar e ao que eu quero ser daqui a uns 30 anos: uma mulher de 54 com uma vitalidade de dar inveja a qualquer menina de 20.
Toda minha vida vi minha mãe trabalhar. Ela e meu pai. Os dois, no mesmo lugar e ao mesmo tempo. E quando ele se foi, achei que era também o fim dela. Mas, não. E fico pensando: meu pai foi embora sem mais nem menos, porém deixou e me manda pessoas sem as quais eu não seria quem eu sou. Cada vez mais tenho essa certeza: a minha alegria constante é apenas um reflexo de quem eu escolho para estar comigo. Não "comigo" assim, levianamente, mas "comigo" no coração.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eles sempre me enriquecem

Esse final de semana prolongado foi um dos melhores. Nele ouvi histórias e contei algumas. Sempre ao lado de meu irmão e minha cunhada, figuras ímpares. Discutimos sobre política, as eleições desse ano, a Copa do Mundo que está chegando aí, a humilhação de pessoas ignorantes e humildes feitas pelos apresentadores Luciano Huck e Gugu Liberato. Comemos hot roll e mostramos pra mãe que não é ruim como ela pensava, passeamos frustadamente pela Festa da Cerejeiras (que de "cerejeiras" não tinha nada), assistimos filme sem pé nem cabeça e entendemos que uma tese de mestrado pode ser inútil (ou não).
Obrigada pelos momentos. Que eles se repitam em breve!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mais uma vez...

... a história se repete. Lá se vai mais uma amiga pra outro canto. A partir de hoje, a minha companheira de conversas intermináveis e gargalhadas surreais não trabalha mais comigo. Sinto ao mesmo tempo alegria por ela e um pouco de solidão comigo. Isso é normal, vai passar, assim como tudo que sempre passou por mim e, sem que eu me desse conta, já estava lá longe. Mas a amizade continua. Isso é o que realmente vale.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O céu está mais feliz

Eu tenho certeza que sim. Hoje, o homem de poucas palavras e muita sabedoria mudou-se para lá com apenas 46 anos. Padre Carlos Pessôa celebrou meu casamento e batizou minha filha. Foi o único padre que me fez chorar em uma missa na hora da comunhão. Dizem que há 5 anos, o padre contraiu uma hepatite numa transfusão de sangue feita por causa de um acidente. De uns tempos pra cá, a doença se agravou. Eram os anjos o chamando para o seu lugar. Eu, que hoje ando menos católica, nunca deixei de respeitá-lo e admirá-lo. No meio de tanta notícia sobre pedofilia e outros abusos nesse meio, ele era uma esperança de que ainda haviam homens de luz.
Vai em paz, padre. Esse é o seu lugar.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Minha mãe me censurou

Hoje, minha mãe veio em casa e me fez duras críticas às minhas críticas no blog. Adorei! É isso mesmo que deve acontecer: debates e discussões saudáveis sobre os problemas sociais que vivemos todos os dias. Ela acha que eu não posso falar que determinado lugar não tem atendimento prioritário, nem que a polícia não trabalha. Disse que eu posso ser processada. Mas eu acho que o lugar que não oferece atendimento adequado à idosos é que precisa ser levado à juri. Ou estou errada? Tá certo que, no caso dos policiais, eu chamei-os de "guardinhas", por exemplo, o que poderia acarretar em um processo por difamação, mas não citei nomes e eles bem que mereceram, né?!
Vou deixar aqui o meu artigo predileto da Constituição Federal de 1988, que baniu qualquer tipo de censura quando eu tinha 7 anos:
Art. 220 - A manifestação do pensamento, da criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto sobre a Constituição.
Parágrafo 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço a plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social (...).
Parágrafo 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quando eu pensei que fosse uma simples sexta-feira...

Hoje cheguei a uma conclusão que tinha um pouco de medo de chegar, mas enfim... Não é a Polícia que me socorre em momentos de terror! Seria o Superhomem então? Não sei! A história é a seguinte: quando cheguei do trabalho com as crianças, havia uma nuvem de fumaça pairando sobre a minha casa. A princípio pensei que ela estava pegando fogo, porque a uma quadra de distância não era possível vê-la por causa da tal fumaça. Mas não, era na chácara que existe exatamente em frente do meu casebre. Uma coisa normal para se fazer quando não se tem vacas para pastar, nem um corajoso para carpir o mato é meter fogo, sem dó mesmo e deixar arder. E foi o que aconteceu: a minha casa toda preta e não era possível entrar nela com o cheiro e com as nossas alergias. O que fazer então? Bom, como o Superhomem caiu do cavalo e morreu, eu liguei pra Polícia e contei o ocorrido. Claro, não achei nenhum morto numa mala, mas pensei que merecia alguma atenção. Bom, eles me disseram que viriam. Enquanto esperávamos na calçada, um rato enlouquecido com a fumaceira entrou em casa (ps: sou ratofóbica). Eu corri atrás dele, na tentativa de pisar na sua cabeça, tamanha a raiva que já estava de tudo aquilo. Nesse momento, chegam os fardados: "Senhora, sinto muito, mas não podemos fazer nada" (traduzindo: tenho mais o que fazer, entre e vai se piiiiiiiii). E eu: "Vocês vieram aqui pra me dizer isso?" (não sei como não fui presa por desacato). Eles explicaram que não podiam falar com o dono da chácara, porque não havia testemunhas e poderia ser que alguém tivesse jogado um cigarro ali, por isso o fogaréu. Nossa, fiquei imaginando o tamanho do cigarro ou várias pessoas jogando bitucas ao mesmo tempo. Mas, não contente, perguntei a um deles: "Mas, você não acha que se fosse uma terceira pessoa, o próprio dono não teria ligado pra vocês?". Bom, como já devem saber, não deu em nada mesmo. No máximo, o guardinha anotou meu nome num rascunho e já deve ter avisado pra todo mundo: "Quando essa louca ligar, ninguém dá trela!".
Mas o pior era que ainda havia a caça ao rato. E lá estava ele me esperando. Foi nesse momento que descontei toda a minha indignação com a fumaça, a Polícia, a sujeira em geral, na minha casa e no mundo: dei uma única vassourada e matei o bichinho. Isso me confortou um pouco.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Só meus.


Ela com uma doçura incrível, ele com a esperteza e todas as respostas na ponta da língua. Nasceram de mim e me tornaram uma pessoa melhor, mais forte, sem medo de ser eu. Quando olho pra eles, me vejo. Eles são o espelho da minha alma, a esperança de que o amanhã será bem melhor que o hoje. Melhor ainda.

Que meus cuidados nunca sejam em vão; que minhas cócegas os façam rir sempre; que o cheirinho na cabeça continue uma delícia e que eu possa escutar nas suas horas difícies a palavra MÃNHÊ!!!

Eu estarei aqui.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Para mim, é isso.

Fico imaginando tanta coisa quando vejo na Tv o acompanhamento da mídia no caso Isabella Nardoni... Sim, não há dúvidas, as provas estão ali. Pelo menos é o que eu vi e escutei por meio da televisão: ela foi assassinada. Uma criança morta pela madrasta e pelo próprio pai, bestamente, como se isso fosse resolver o problema deles. Não resolveu, piorou. Quando vejo meus filhos, fico pensando: eu faria tanta coisa por eles, daria a vida, ouviria todas as suas histórias, cuidaria dos machucados, das doenças, levaria para onde eles quisessem, até onde eu pudesse e conseguisse, me esforçando ao máximo... Como uma pessoa dita "normal" pode destruir a outra, a sua filha, aquela que ele esperou com a mãe por nove meses, que acordou de madrugada com o chorinho dela, que talvez a viu sorrir pela primeira vez, que escutava a palavra pai quase todo dia? Bom, talvez esses momentos não tenham acontecido. Já tentei imaginar tudo: ciúme, brigas, falta de paciência, vingança... E a Isabella não se encaixa em nenhuma dessas situações, porque era criança e só queria viver, ir pra escola, tomar sorvete, andar de bicicleta. Várias crianças morrem todos os dias, mas eu nunca havia assistido na Tv duas pessoas jogarem o prazer e a felicidade pela janela.

sexta-feira, 12 de março de 2010

LEI Nº 5146, DE 25 DE MAIO DE 2004

Art. 1º - As pessoas idosas, portadoras de deficiências físicas, gestantes ou portando crianças no colo terão prioridade nas filas de atendimento em quaisquer estabelecimentos comerciais de Bauru.

Este é um pequeno aviso para a secretária que não quis atender uma velhinha fofa de 86 anos na Tecnolab, aqui em Bauru. Colocou-a no final da fila. Ah! Vale também, claro, para os proprietários da tão conhecida clínica. Respeito é bom e a gente gosta!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Onde eu fui?

Alguém aí que me lê, me ajude a ser eu. Tenho esquecido um pouco como é isso. De sentir, de ser, de perceber coisas que antes eu percebia. Não sei onde deixei essas percepções, onde fui e lá fiquei. Me ajude a voltar. Não quero ficar aqui, não quero. Acho que um pote de Nutella poderá me guiar de imediato.
São as coisas, é a vida.