sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mais uma vez...

... a história se repete. Lá se vai mais uma amiga pra outro canto. A partir de hoje, a minha companheira de conversas intermináveis e gargalhadas surreais não trabalha mais comigo. Sinto ao mesmo tempo alegria por ela e um pouco de solidão comigo. Isso é normal, vai passar, assim como tudo que sempre passou por mim e, sem que eu me desse conta, já estava lá longe. Mas a amizade continua. Isso é o que realmente vale.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O céu está mais feliz

Eu tenho certeza que sim. Hoje, o homem de poucas palavras e muita sabedoria mudou-se para lá com apenas 46 anos. Padre Carlos Pessôa celebrou meu casamento e batizou minha filha. Foi o único padre que me fez chorar em uma missa na hora da comunhão. Dizem que há 5 anos, o padre contraiu uma hepatite numa transfusão de sangue feita por causa de um acidente. De uns tempos pra cá, a doença se agravou. Eram os anjos o chamando para o seu lugar. Eu, que hoje ando menos católica, nunca deixei de respeitá-lo e admirá-lo. No meio de tanta notícia sobre pedofilia e outros abusos nesse meio, ele era uma esperança de que ainda haviam homens de luz.
Vai em paz, padre. Esse é o seu lugar.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Minha mãe me censurou

Hoje, minha mãe veio em casa e me fez duras críticas às minhas críticas no blog. Adorei! É isso mesmo que deve acontecer: debates e discussões saudáveis sobre os problemas sociais que vivemos todos os dias. Ela acha que eu não posso falar que determinado lugar não tem atendimento prioritário, nem que a polícia não trabalha. Disse que eu posso ser processada. Mas eu acho que o lugar que não oferece atendimento adequado à idosos é que precisa ser levado à juri. Ou estou errada? Tá certo que, no caso dos policiais, eu chamei-os de "guardinhas", por exemplo, o que poderia acarretar em um processo por difamação, mas não citei nomes e eles bem que mereceram, né?!
Vou deixar aqui o meu artigo predileto da Constituição Federal de 1988, que baniu qualquer tipo de censura quando eu tinha 7 anos:
Art. 220 - A manifestação do pensamento, da criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto sobre a Constituição.
Parágrafo 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço a plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social (...).
Parágrafo 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quando eu pensei que fosse uma simples sexta-feira...

Hoje cheguei a uma conclusão que tinha um pouco de medo de chegar, mas enfim... Não é a Polícia que me socorre em momentos de terror! Seria o Superhomem então? Não sei! A história é a seguinte: quando cheguei do trabalho com as crianças, havia uma nuvem de fumaça pairando sobre a minha casa. A princípio pensei que ela estava pegando fogo, porque a uma quadra de distância não era possível vê-la por causa da tal fumaça. Mas não, era na chácara que existe exatamente em frente do meu casebre. Uma coisa normal para se fazer quando não se tem vacas para pastar, nem um corajoso para carpir o mato é meter fogo, sem dó mesmo e deixar arder. E foi o que aconteceu: a minha casa toda preta e não era possível entrar nela com o cheiro e com as nossas alergias. O que fazer então? Bom, como o Superhomem caiu do cavalo e morreu, eu liguei pra Polícia e contei o ocorrido. Claro, não achei nenhum morto numa mala, mas pensei que merecia alguma atenção. Bom, eles me disseram que viriam. Enquanto esperávamos na calçada, um rato enlouquecido com a fumaceira entrou em casa (ps: sou ratofóbica). Eu corri atrás dele, na tentativa de pisar na sua cabeça, tamanha a raiva que já estava de tudo aquilo. Nesse momento, chegam os fardados: "Senhora, sinto muito, mas não podemos fazer nada" (traduzindo: tenho mais o que fazer, entre e vai se piiiiiiiii). E eu: "Vocês vieram aqui pra me dizer isso?" (não sei como não fui presa por desacato). Eles explicaram que não podiam falar com o dono da chácara, porque não havia testemunhas e poderia ser que alguém tivesse jogado um cigarro ali, por isso o fogaréu. Nossa, fiquei imaginando o tamanho do cigarro ou várias pessoas jogando bitucas ao mesmo tempo. Mas, não contente, perguntei a um deles: "Mas, você não acha que se fosse uma terceira pessoa, o próprio dono não teria ligado pra vocês?". Bom, como já devem saber, não deu em nada mesmo. No máximo, o guardinha anotou meu nome num rascunho e já deve ter avisado pra todo mundo: "Quando essa louca ligar, ninguém dá trela!".
Mas o pior era que ainda havia a caça ao rato. E lá estava ele me esperando. Foi nesse momento que descontei toda a minha indignação com a fumaça, a Polícia, a sujeira em geral, na minha casa e no mundo: dei uma única vassourada e matei o bichinho. Isso me confortou um pouco.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Só meus.


Ela com uma doçura incrível, ele com a esperteza e todas as respostas na ponta da língua. Nasceram de mim e me tornaram uma pessoa melhor, mais forte, sem medo de ser eu. Quando olho pra eles, me vejo. Eles são o espelho da minha alma, a esperança de que o amanhã será bem melhor que o hoje. Melhor ainda.

Que meus cuidados nunca sejam em vão; que minhas cócegas os façam rir sempre; que o cheirinho na cabeça continue uma delícia e que eu possa escutar nas suas horas difícies a palavra MÃNHÊ!!!

Eu estarei aqui.