sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quando eu pensei que fosse uma simples sexta-feira...

Hoje cheguei a uma conclusão que tinha um pouco de medo de chegar, mas enfim... Não é a Polícia que me socorre em momentos de terror! Seria o Superhomem então? Não sei! A história é a seguinte: quando cheguei do trabalho com as crianças, havia uma nuvem de fumaça pairando sobre a minha casa. A princípio pensei que ela estava pegando fogo, porque a uma quadra de distância não era possível vê-la por causa da tal fumaça. Mas não, era na chácara que existe exatamente em frente do meu casebre. Uma coisa normal para se fazer quando não se tem vacas para pastar, nem um corajoso para carpir o mato é meter fogo, sem dó mesmo e deixar arder. E foi o que aconteceu: a minha casa toda preta e não era possível entrar nela com o cheiro e com as nossas alergias. O que fazer então? Bom, como o Superhomem caiu do cavalo e morreu, eu liguei pra Polícia e contei o ocorrido. Claro, não achei nenhum morto numa mala, mas pensei que merecia alguma atenção. Bom, eles me disseram que viriam. Enquanto esperávamos na calçada, um rato enlouquecido com a fumaceira entrou em casa (ps: sou ratofóbica). Eu corri atrás dele, na tentativa de pisar na sua cabeça, tamanha a raiva que já estava de tudo aquilo. Nesse momento, chegam os fardados: "Senhora, sinto muito, mas não podemos fazer nada" (traduzindo: tenho mais o que fazer, entre e vai se piiiiiiiii). E eu: "Vocês vieram aqui pra me dizer isso?" (não sei como não fui presa por desacato). Eles explicaram que não podiam falar com o dono da chácara, porque não havia testemunhas e poderia ser que alguém tivesse jogado um cigarro ali, por isso o fogaréu. Nossa, fiquei imaginando o tamanho do cigarro ou várias pessoas jogando bitucas ao mesmo tempo. Mas, não contente, perguntei a um deles: "Mas, você não acha que se fosse uma terceira pessoa, o próprio dono não teria ligado pra vocês?". Bom, como já devem saber, não deu em nada mesmo. No máximo, o guardinha anotou meu nome num rascunho e já deve ter avisado pra todo mundo: "Quando essa louca ligar, ninguém dá trela!".
Mas o pior era que ainda havia a caça ao rato. E lá estava ele me esperando. Foi nesse momento que descontei toda a minha indignação com a fumaça, a Polícia, a sujeira em geral, na minha casa e no mundo: dei uma única vassourada e matei o bichinho. Isso me confortou um pouco.

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