... barriga cheia, sem engordar,
dinheiro no bolso, sem trapacear,
minha família unida, sempre,
meus filhos felizes, contentes,
trabalho, casa, cama,
tudo de melhor e de pior que vier
vai ser pra me ensinar
e pode vir que eu aguento
eu quero vida, força, sempre!
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
Há 10 anos...
Havia mais luz aqui. Havia mais alegria, piadas, gargalhadas, fufis. Era você e a sua grandeza. Eu poderia ter te aproveitado mais pai.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Lista de saudades
Às vezes, tenho saudade de mim. Eu, saindo à noite, sem ter hora nem filhos pra voltar. Sempre, sinto saudade do meu pai, dos seus gritos de alegria, de raiva, de tanto, tanto sentimento que saltava aos olhos. Sinto falta de intensidades, loucuras, de tudo. Das brigas com meus irmãos, das bexigas de água, da minha mãe e da carne moída com batata. Sinto saudade de ontem, de amanhã, do hoje que já foi. Eu sou assim, sempre querendo mais do que posso, mas amando tudo o que tenho.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Agora sim, caiu a ficha!
Sabe que só agora, semanas depois da notícia de que o Brasil vai sediar as Olimpíadas de 2016 (é isso? não sou muito fã de esportes, gosto do César Cielo rs), é que caiu a minha ficha!? Só que não tenho ainda uma opinião totalmente formada. Foi bonito ver o Lula chorando tal, mas sei la, não tocou no fuuuundo do meu coração. Vai ver é porque tá longe ainda. Enfim, vou deixar aqui um trecho que eu li de uma pessoa sensacional, sobre o GRANDE EVENTO:
"Meus pais pareciam chatos e duros quando eu era criança. Mas quando eu cresci vi que eles tinham razão. Eles só deixavam eu comer a sobremesa se antes comesse todo o arroz com feijão. Isso me garantiu um crescimento saudável. Eu estaria muito feliz com as Olimpiadas no Brasil se antes disso esse mesmo Brasil tivesse uma justa distribuição de renda, ensino e saúde de qualidade e se a cidade sede dos Jogos Olimpícos não fosse também a cidade sede de tanta familia desfeita por drogas, morte violenta e fonte de hipocrisia e corrupção aliada ao tráfico de drogas. Como eu seria hoje se comesse a sobremesa sem comer antes os legumes? Banguelo, anêmico, obeso, com deficit de vitaminas e achando que posso fazer qualquer coisa quando na verdade não passo de um tremendo idiota. O Brasil devia comer mais arroz e feijão antes de provar a sobremesa". Danilo Gentili
"Meus pais pareciam chatos e duros quando eu era criança. Mas quando eu cresci vi que eles tinham razão. Eles só deixavam eu comer a sobremesa se antes comesse todo o arroz com feijão. Isso me garantiu um crescimento saudável. Eu estaria muito feliz com as Olimpiadas no Brasil se antes disso esse mesmo Brasil tivesse uma justa distribuição de renda, ensino e saúde de qualidade e se a cidade sede dos Jogos Olimpícos não fosse também a cidade sede de tanta familia desfeita por drogas, morte violenta e fonte de hipocrisia e corrupção aliada ao tráfico de drogas. Como eu seria hoje se comesse a sobremesa sem comer antes os legumes? Banguelo, anêmico, obeso, com deficit de vitaminas e achando que posso fazer qualquer coisa quando na verdade não passo de um tremendo idiota. O Brasil devia comer mais arroz e feijão antes de provar a sobremesa". Danilo Gentili
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Com ele e para ele
Eu fui buscá-lo em Gália, uma cidadezinha com menos de 12 mil habitantes. E quando o vi, sem saber até que série ele havia feito e qual era o carro que ele tinha (ele não tinha), já gostei dele. Fiquei semanas imaginando como seria conhecê-lo, beijá-lo... Quando aconteceu, parecia que já o conhecia há um tempão. Até hoje as pessoas dizem que parecemos irmãos. Adoro o seu cheiro, o seu gosto, as suas mãos... ele é o meu legume predileto, o pai dos meus filhos. Eu o aceitei com as suas emoções, seus vícios, as suas criancices, a sua bondade sem fim... Faz 14 anos que eu me permito amar, sofrer e amar de novo. É com ele e para ele que eu vivo.
sábado, 12 de setembro de 2009
Eu tenho sonhos
Na grande maioria das vezes sonhamos com o que sabemos que não vamos ter ou conseguir. É triste o que estou dizendo mas, exceto as atrizes ("eu sempre sonhei em ser atriz") ou os jogadores de futebol ("esse era o meu sonho"), não se tem o que se sonha. Também a gente não colabora. Nunca sonhamos com uma blusinha da Riachuelo ou um sofá da Casas Bahia (que dá pra ter e pagar em 200 vezes), sonhamos com o inatingível: com o Brad Pitt, ganhar na Mega Sena ou algo que envolva muuuuuuuuito dinheiro, sorte ou falta do que fazer mesmo. Por isso que o sonho se chama "sonho", porque é uma coisa sem sentido, louca, fora do comum, como o sonho que temos quando dormimos, ou uma coisa que realmente não podemos ter porque engorda, igual ao sonho da padaria.
Eu escrevi isso porque neste exato momento acabei de ter um sonho. E quem me dera que fosse o da padaria. Era só ir la comprar. Ele é impossível e ainda por cima ninguém pode saber. É uma coisa com a qual sonho sempre, mesmo sem pensar quando estou acordada. Estranho, porque eu só sonho com isso quando durmo. Deve ser o que eu realmente queria, mas não posso ter. Nossa, eu poderia ficar horas aqui falando sobre sonhar, mas tenho que ir pra minha realidade. Melhor ir comprar aquela blusinha na Riachuelo pra esquecer.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O mais importante
Depois do dia em que eu vi os meus filhos nascerem, hoje é o dia mais feliz da minha vida! Eu estou de casa nova! Eu e minha família! Finalmente vou pagar algo meu, do meu gosto, do meu jeito. E mesmo assim, depois de ter conseguido algo material imprescindível, continuo acreditando que o mais importante, acima de tudo, são as pessoas. As que irão morar comigo, as que trabalham e riem comigo, as que estão longe e até as que não me querem bem: obrigada a todos! Pois, como dizia o sábio Chico Xavier (e olha que nem sou espírita): "A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos. A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos... TUDO BEM!O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos."
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O que eles têm em comum???
Desde que o Michael Jackson morreu (pelo menos é o que todos dizem e confesso que entrava no site da Globo todo dia pra saber se ele já tinha ressucitado), meus filhos começaram a adorá-lo. Claro, pois só dava ele na Tv, no rádio, na pqp... Eu, querendo agradá-los, comprei um DVD do alien pra que eles se divertissem. O mais engraçado é que a Marina, aos 2 anos e meio, chega da escola e pede: "mãe, qué maicol jéson", dança, anda pra trás... um show à parte. O João Pedro, com 7 anos, também tá craque! Quando acaba o DVD, eles pedem Pica-pau: é uma sequência inevitável e corriqueira. O que eu queria entender é o que esses dois personagens, além se serem eternos, têm em comum. Bom, ambos têm penteados estranhos e contaram com aquela ajuda da famosa chapinha; o pai do Pica-pau também não foi nada presente na vida dele (pelo menos nunca o vi nos desenhos); os dois adoram uma arte (só que a que o Michael gosta dá cadeia); se isso que o Pica-pau usa pode ser chamado de roupa, então tá clara também uma outra semelhança: ô gosto ruim pra se vestir (o que é esse cachecol branco?). E, por último, uma característica que eu admito que essas duas figuraças têm: o dom de prender as pessoas na frente da tela com as suas bizarrices. Este espaço está aberto para mais comparações.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Filosofia de sexta-feira
Já era sexta e eu, já cansada de cortar textos e um pouco triste com notícias de morte e doença, comentei com meus coleguinhas: "então, nós não queremos ficar velhos, nem morrer jovens..." e a Karen completa: "e nem queremos que as pessoas que amamos vejam a gente morrer...". O que precisamos fazer então? E aí, Fábio soltou: "não nascer". É, foi uma ideia. E admito que fiquei pensando: eu, la no testículo do meu pai, lutando pra vencer a corrida e consegui! Da próxima vez, vou ficar na minha: "podem ir, eu vou mais tarde". Todo mundo começou a rir... melhor voltar a trabalhar...
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Eu sei que posso
Quando eu era pequena, minha mãe nunca me obrigou a fazer os serviços de casa, muito menos as tarefas da escola. As lições, eu fazia porque queria mesmo, principalmente as de Português e Literatura. Não sei se essa falta de pressão é a responsável por eu não ter uma ambição louca... sabe, daquelas de correr atrás... porque a maioria das coisas eu tive na mão, passadinha e engomadinha. Às vezes, as pessoas dizem que eu sou esforçada, forte, mas eu acho que eu poderia fazer muito mais. Sim, eu tenho a certeza de que eu poderia ir além de jogar na Mega toda semama (e conferir religiosamente o resultado, como se só eu e uma meia dúzia tivessem jogado). Vou descrever o meu dia, pra descobrir com exatidão se eu posso ou não fazer mais:
- 6h20: eu acordo, escovo os dentes, me troco, pronuncio o mantra "coragem" ou "vc vai dormir à tarde", acordo o João, preparo lancheira, bolsa e acordo as crianças, que me obedecem prontamente (na maioria das vezes).
- 7h00: deixo as crias na escola e o maridão no serviço: "tchau, fiquem com Deus".
- 7h15: chego na Editora Alto Astral, aquela que muitos perguntam "vc faz previsões?", sim, eu faço e a próxima é que quem me pergunta isso será um ignorante pro resto da vida.
Até a 13h30: eu trabalho, faço piadinhas, pergunto se ja é sexta-feira, uns riem, outros devem me achar uma idiota, mas adoro todos e trabalhar la também.
- 13h35: essa é a hora crucial. Como tenho apenas 1h30 até pegar as crianças na escola, não sei se almoço, se durmo, se vou ver casa pra comprar, se vou a igreja rezar, se vejo tv...
-15h: os pimpolhos chegam, brincam, brigam, gritam e o mantra "coragem" é pronunciado mais umas 12 vezes.
- 18h: faço o jantar, sempre pensando na marmita do João do dia seguinte e esperando um "tava uma delícia chuchu!"
- 19h: entro na net, escrevo, leio.
- 20h: o chuchu chega, "como foi hoje?", "ô pai" pra la, "ô pai" pra ca...
- 21h30: as crianças escovam os dentes, "boa noite, dorme com Deus".
- A partir daí, todos ja podem imaginar né, ou talvez não precise, pois pode não acontecer nada.
Vamos gente, ajudem a tia Carol a achar uma brecha e fazer mais alguma coisa durante o dia. Eu sei, eu posso fazer mais.
- 6h20: eu acordo, escovo os dentes, me troco, pronuncio o mantra "coragem" ou "vc vai dormir à tarde", acordo o João, preparo lancheira, bolsa e acordo as crianças, que me obedecem prontamente (na maioria das vezes).
- 7h00: deixo as crias na escola e o maridão no serviço: "tchau, fiquem com Deus".
- 7h15: chego na Editora Alto Astral, aquela que muitos perguntam "vc faz previsões?", sim, eu faço e a próxima é que quem me pergunta isso será um ignorante pro resto da vida.
Até a 13h30: eu trabalho, faço piadinhas, pergunto se ja é sexta-feira, uns riem, outros devem me achar uma idiota, mas adoro todos e trabalhar la também.
- 13h35: essa é a hora crucial. Como tenho apenas 1h30 até pegar as crianças na escola, não sei se almoço, se durmo, se vou ver casa pra comprar, se vou a igreja rezar, se vejo tv...
-15h: os pimpolhos chegam, brincam, brigam, gritam e o mantra "coragem" é pronunciado mais umas 12 vezes.
- 18h: faço o jantar, sempre pensando na marmita do João do dia seguinte e esperando um "tava uma delícia chuchu!"
- 19h: entro na net, escrevo, leio.
- 20h: o chuchu chega, "como foi hoje?", "ô pai" pra la, "ô pai" pra ca...
- 21h30: as crianças escovam os dentes, "boa noite, dorme com Deus".
- A partir daí, todos ja podem imaginar né, ou talvez não precise, pois pode não acontecer nada.
Vamos gente, ajudem a tia Carol a achar uma brecha e fazer mais alguma coisa durante o dia. Eu sei, eu posso fazer mais.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Eu não podia deixar passar
Mais uma vez vou publicar as palavras do meu irmão, que é único e tudo ao mesmo tempo.
Depoimento que ele deixou no meu orkut e que já li 239 vezes e chorei 240.
"Quem me fala hoje não é mais aquele cálido vento do final do outono. Quem me fala hoje é uma tempestade! Não importa o que é dito: memórias, histórias, lembranças, pessoas, família, mundo... seus raios chegam ao meu coração. É a sua energia, grandeza, volume. É mulher, mãe, irmã, casa, cama, trabalho, é um fim de semana. É uma tempestade que me devasta a alegria e a tristeza e me joga além, no mundo da felicidade sem precedente, a felicidade daquilo que é. Deslocamento e velocidade num estalo de dedos. Meu humor predileto, rápido e inteligente para sempre! Minha vida, meus amores, meu sangue, minha gente."
Depoimento que ele deixou no meu orkut e que já li 239 vezes e chorei 240.
"Quem me fala hoje não é mais aquele cálido vento do final do outono. Quem me fala hoje é uma tempestade! Não importa o que é dito: memórias, histórias, lembranças, pessoas, família, mundo... seus raios chegam ao meu coração. É a sua energia, grandeza, volume. É mulher, mãe, irmã, casa, cama, trabalho, é um fim de semana. É uma tempestade que me devasta a alegria e a tristeza e me joga além, no mundo da felicidade sem precedente, a felicidade daquilo que é. Deslocamento e velocidade num estalo de dedos. Meu humor predileto, rápido e inteligente para sempre! Minha vida, meus amores, meu sangue, minha gente."
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Quando ele existia
A sibutramina, mais uma vez, me acordou essa madrugada e fiquei lembrando do meu pai. Na verdade, penso nele todos os dias. Lembro quando vejo uma criança gordinha (ele adorava apertar), um cachorro na rua (ele iria levar pra casa), lembro quando vejo meus filhos brincando ou quando percebo algum tipo de preconceito. Queria que pelo menos o João Pedro tivesse conhecido a figura, levá-lo pra soltar pipa no sítio. Já com a Marininha (que tem esse nome por causa dele) ele iria se esbaldar naquelas bochechas.
Meu pai era uma pessoa excêntrica, interessante, louca. Formado em tradução, adorava exibir o seu inglês fluente e tinha resposta pra tudo. Eu podia perguntar quarquer coisa, sobre qualquer assunto, que ele tinha a resposta ou, se não tivesse, pesquisava pra me responder.
Outra característica marcante era a sinceridade. Se ele gostava, beleza, mas se não curtia uma pessoa, dizia na lata, mandava embora de casa... minha mãe passou por cada uma...
Uma das coisas que eu mais adoro é quando alguém me pergunta sobre ele. Sou capaz de ficar horas contando tudo o que ele fez, como ele era, quem ele ajudou, a quem ele desagradou, por que e como ele foi embora... Esse ano irá fazer 10 anos que ele morreu e parece que ele ainda tá aqui dando aquela risada super alta e cantando aquela musiquinha de som estranho que só ele entendia. Um dia, quem sabe, eu possa ouvi-la mais uma vez.
Meu pai era uma pessoa excêntrica, interessante, louca. Formado em tradução, adorava exibir o seu inglês fluente e tinha resposta pra tudo. Eu podia perguntar quarquer coisa, sobre qualquer assunto, que ele tinha a resposta ou, se não tivesse, pesquisava pra me responder.
Outra característica marcante era a sinceridade. Se ele gostava, beleza, mas se não curtia uma pessoa, dizia na lata, mandava embora de casa... minha mãe passou por cada uma...
Uma das coisas que eu mais adoro é quando alguém me pergunta sobre ele. Sou capaz de ficar horas contando tudo o que ele fez, como ele era, quem ele ajudou, a quem ele desagradou, por que e como ele foi embora... Esse ano irá fazer 10 anos que ele morreu e parece que ele ainda tá aqui dando aquela risada super alta e cantando aquela musiquinha de som estranho que só ele entendia. Um dia, quem sabe, eu possa ouvi-la mais uma vez.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Eu protesto...
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Vamos celebrar
Hoje, estava me lembrando quando o Renatão (Russo) cantava: "vamos celebrar a estupidez humana (...) o meu país e sua corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões". Não é a toa que fez sucesso. Sim, porque só falta festejar mesmo. Ninguém dá a mínima bola para os crimes horríveis que acontecem por aí. Há umas duas semanas, fiquei perplexa ao saber de um assassinato hediondo em uma cidade não muito grande, nem tão pequena chamada Salto. A menina assassinada, com apenas 16 anos, e a amiga, de 15, foram achadas num buraco nuas e mortas. A jovem de 16 é sobrinha do meu padrasto. Eu a conhecia vagamente e me parecia boa gente. E daí? Poderia ser o que fosse, as pessoas que fizeram tudo e mais um pouco com ela não tinham esse direito. Nem vou entrar em detalhes sobre o que eles fizeram com elas, não vale a pena. O mais estranho é que quando conto pras pessoas o que aconteceu, parece que falei: "Nossa, tá frio hoje" ou "será que vai chover?", ou seja, já ficaram tão banais essas histórias e parece que quanto mais cruel for o crime, menos importância ele tem. Esse das meninas, nem saiu nos jormais, talvez porque elas não eram filhas de algum político importante da cidade... paciência. Aposto que a polícia procurou os vagabundos nos dois primeiros dias e já esqueceram.
Incrível como eu só escrevo quando fico revoltada! Mas pode deixar que quando eu ganhar na loteria eu volto pra contar. Enquanto isso, eu vou cantando: "vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada..."
Incrível como eu só escrevo quando fico revoltada! Mas pode deixar que quando eu ganhar na loteria eu volto pra contar. Enquanto isso, eu vou cantando: "vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada..."
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Para que eu quero descer!
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1124855-5602,00-ARMADA+MENINA+DE+ANOS+FORCA+IRMA+DE+A+BRINCAR.html
Pessoas! Reparem que a Globo errou na hora de elaborar o título da matéria acima. O certo seria: Amada, menina de 11 anos deixa irmã de 7 brincar. Falem pra mim que isso é mentira!
Pessoas! Reparem que a Globo errou na hora de elaborar o título da matéria acima. O certo seria: Amada, menina de 11 anos deixa irmã de 7 brincar. Falem pra mim que isso é mentira!
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Elas não querem calar
Quem conseguir responder pelo menos três das minhas perguntas ganha um prêmio.
Por que nunca sobra dinheiro nem no final e nem no começo do mês? Por que certas pessoas não prestam atenção quando eu falo? Por que existe só um Brad Pitt no mundo? E só um Chico Buarque? Por que o Los Hermanos acabou? Por que a Cris não vai mais trabalhar comigo? Por que a Marina chora tanto? Por que eu tenho preguiça de levantar às 6h20? Por que eu só vejo o meu sobrinho uma vez por mês (e olha lá)? Por que a inteligência foi toda para o meu irmão? Por que eu não ganho tão bem quanto deveria? Por que dá vontade de dar risada quando não pode? Por que algumas crianças ainda passam fome? Por que quase todo mundo que eu conheço já andou de avião, menos eu? Por que aquela menina com nome de margarina apresenta o Vídeo Show? Por que a professora da academia tem cara de morta? Por que eu tenho que pagar aluguel? Por que eu só consigo digitar com 4 dedos? Por que você tá lendo essa idiotice?
AFF...
Por que nunca sobra dinheiro nem no final e nem no começo do mês? Por que certas pessoas não prestam atenção quando eu falo? Por que existe só um Brad Pitt no mundo? E só um Chico Buarque? Por que o Los Hermanos acabou? Por que a Cris não vai mais trabalhar comigo? Por que a Marina chora tanto? Por que eu tenho preguiça de levantar às 6h20? Por que eu só vejo o meu sobrinho uma vez por mês (e olha lá)? Por que a inteligência foi toda para o meu irmão? Por que eu não ganho tão bem quanto deveria? Por que dá vontade de dar risada quando não pode? Por que algumas crianças ainda passam fome? Por que quase todo mundo que eu conheço já andou de avião, menos eu? Por que aquela menina com nome de margarina apresenta o Vídeo Show? Por que a professora da academia tem cara de morta? Por que eu tenho que pagar aluguel? Por que eu só consigo digitar com 4 dedos? Por que você tá lendo essa idiotice?
AFF...
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Ele é biólogo e poeta! Parte 2
Como tem muita gente pedindo pra eu escrever no blog e estou meio sem assunto, vou aproveitar as palavras do meu irmão novamente! Esse menino é foda viu!
Este ele escreveu quando soube da gravidez da minha irmã, que trouxe o Arthur pra nós...
"O simples se faz felicidade aos olhos do cego, pela rotina, através da vontade e do tranquilo que vem de dentro. O milagre está, então, não só em conhecer o novo, mas também em enxergar diferente aquilo que sempre existiu. É como observar o silêncio escondido dos manacás floridos no campo, e a calma que existe em cada tempestade. O auge está em disto fazer o comum como se em cada angústia houvesse um singelo sorriso, está em fazer de cada lágrima a beleza de um rei, a beleza de um filho."
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Ele é biólogo e poeta!
Pessoas, dêem uma olhada no que o meu irmão escreveu quando soube que eu estava esperando a Marina, em setembro de 2006:
"A anunciação
Viva a anunciação daquela, cujo nome vem do mar, que sem ter conta da sua existência traz consigo a alegria
Viva aqueles que como ela nascerão, livres da prisão ilusória e farão da sua vida uma gratidão eterna
Viva a estática bailarina que dança suavemente sobre o pó da casa do indigno
Viva a chegada da Primavera que se move no asfalto, que fez pó de suas flores, suas primeiras filhas
Viva o quente e o frio, simplesmente por não serem mornos
Viva o ignorante e o sábio, que no fundo no fundo cultivam serenamente os mesmos valores
Viva tudo aquilo que desconhece sua importância e que sempre foram algo que nunca imaginaram ser
VIVA"
Viva a anunciação daquela, cujo nome vem do mar, que sem ter conta da sua existência traz consigo a alegria
Viva aqueles que como ela nascerão, livres da prisão ilusória e farão da sua vida uma gratidão eterna
Viva a estática bailarina que dança suavemente sobre o pó da casa do indigno
Viva a chegada da Primavera que se move no asfalto, que fez pó de suas flores, suas primeiras filhas
Viva o quente e o frio, simplesmente por não serem mornos
Viva o ignorante e o sábio, que no fundo no fundo cultivam serenamente os mesmos valores
Viva tudo aquilo que desconhece sua importância e que sempre foram algo que nunca imaginaram ser
VIVA"
domingo, 29 de março de 2009
(Com licença Casimiro de Abreu) Que saudades da aurora da minha vida
Essa madrugada fiquei meio nostálgica. O sono não veio de novo (igual o dia da CPFL -leia o texto Noite sem fim) e eu comecei a lembrar de algumas coisas que aconteceram quando eu tinha 15 anos. Foi uma época e tanto. Naquele tempo eu tinha tudo que eu procuro hoje. Meu pai me buscando na escola ou ficando bravo com o namoradinho novo (PROTEÇÃO), eu e a Bete conversando pelo olhar ou falando juntas a mesma coisa (AMIZADE VERDADEIRA), os beijos do meu vizinho, roubados no portão de casa e o coração pulando na boca quando a luz se apagava (AMOR PURO), as noites em que eu e meus irmãos, antes de dormir, ríamos sem ter porquê e levávamos uma palmada cada um (CUMPLICIDADE), minha mãe passando a mão na minha testa e aquilo me dava um sono (CARINHO)... Ops, uma lágrima caiu no teclado... Se eu pudesse voltar no tempo, por incrível que pareça, não voltaria nessa época. Eu preferi guardar essas lembranças tão bem guardadas numa caixinha de jóias, que não dá pra abrir mais. Às vezes eu abro escondida, choro um pouco, fecho e penso que hoje faltam algumas coisas, mas eu até me contento com o quase.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Uma história leva a outras
Hoje fiquei sabendo que uma nova amiga minha está grávida! Tô tão feliz que resolvi escrever um pouco sobre a época em que eu estava também (Karen, vou repetir histórias que vc já sabe, não precisa ler, rs). Essa minha amiga tem o mesmo nome que a minha filha (Marina) e casou há pouco tempo. Vai nascer mais uma família!
Na minha gravidez eu ainda não tinha me casado, mas já havia encontrado "aquele", o cara meio tonto e superengraçado por quem, sem trocar uma palavra, eu me apaixonei de verdade. Mas não foi tudo cor-de-rosa, não foi nada cor-de-rosa. Estávamos desempregados e fudidos: aquela típica história de duas pessoas irresponsáveis que faziam amor até em cima do capô do carro... Pois é, quando fiquei sabendo da chegada da cegonha, me assustei. Sempre disse pra quem quisesse ouvir que nunca iria me casar e ter filhos. Bate nessa boca! Quando ouvi o coraçãozinho dele pela 1ª vez, amoleci como uma margarina que é esquecida fora da geladeira. Minha mãe chorou.
Quando eu estava no quarto mês, era meu aniversário e, como sempre, estava empolgadíssima para saber o que ia ganhar da minha mãe. Quando abri o presente, era um macacão enorme para gestante. Naquele dia, a minha ficha caiu, chorei no banheiro por um tempo e percebi que a minha realidade ia ser outra. Mal sabia eu que essa nova realidade iria ser a melhor da minha vida: o João Pedro. Me lembro de tantas coisas, tantos chorinhos de bebê, sorrisos, falta de dinheiro, esperança... Depois de cinco anos, chegou a Marina. Mais alegrias, chorinhos, falta de dinheiro... Mas valeu a pena, vale ainda e vai valer sempre, toda vez que eu vê-los dormindo com o bocão aberto ou quando eles me perguntarem alguma coisa e eu souber responder.
Na minha gravidez eu ainda não tinha me casado, mas já havia encontrado "aquele", o cara meio tonto e superengraçado por quem, sem trocar uma palavra, eu me apaixonei de verdade. Mas não foi tudo cor-de-rosa, não foi nada cor-de-rosa. Estávamos desempregados e fudidos: aquela típica história de duas pessoas irresponsáveis que faziam amor até em cima do capô do carro... Pois é, quando fiquei sabendo da chegada da cegonha, me assustei. Sempre disse pra quem quisesse ouvir que nunca iria me casar e ter filhos. Bate nessa boca! Quando ouvi o coraçãozinho dele pela 1ª vez, amoleci como uma margarina que é esquecida fora da geladeira. Minha mãe chorou.
Quando eu estava no quarto mês, era meu aniversário e, como sempre, estava empolgadíssima para saber o que ia ganhar da minha mãe. Quando abri o presente, era um macacão enorme para gestante. Naquele dia, a minha ficha caiu, chorei no banheiro por um tempo e percebi que a minha realidade ia ser outra. Mal sabia eu que essa nova realidade iria ser a melhor da minha vida: o João Pedro. Me lembro de tantas coisas, tantos chorinhos de bebê, sorrisos, falta de dinheiro, esperança... Depois de cinco anos, chegou a Marina. Mais alegrias, chorinhos, falta de dinheiro... Mas valeu a pena, vale ainda e vai valer sempre, toda vez que eu vê-los dormindo com o bocão aberto ou quando eles me perguntarem alguma coisa e eu souber responder.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Noite sem fim
Eu e meu marido acordamos com um estrondo. Sabe aquele barulho que parece um curto circuito? E era mesmo. Um poste começou a pegar fogo em frente a minha casa, em plenas 2h da madruga. E lá vou eu ligar para a CPFL, escutar o clássico "para falar com um de nossos atendentes, digite 1, para saber da sua fatura, digite 2..." e assim vai, até o 10 mais ou menos. Depois de um tempo, atendeu uma coitada. Como eu tenho dó de quem trabalha à noite. Com o seu gerúndio proveniente das salas de telemarketing e afins (Danilo, lembrei de você), ela disse que "IRIA ESTAR MANDANDO ALGUÉM PARA VERIFICAR".
Depois do susto, o João já começou a roncar, eu virei pra um lado e para o outro e nada. Comecei a pensar em várias coisas... Será que o Obama vai salvar o mundo? O Brad Pitt vai ser lindo até quando? Quanto será que a atendente da CPFL ganha pra trabalhar de madrugada... Essas até que eram interessantes. Após uma hora acordada, cheguei ao ponto de contar de quanto em quanto tempo a respiração do João emitia um ronco (4 segundos).
4 da manhã: os caras da CPFL chegam. Aí o cachorro da vizinha começou a latir, o Obama continuou poderoso, o Brad lindo, a moça ganhando mal e eu... sem dormir.
Depois do susto, o João já começou a roncar, eu virei pra um lado e para o outro e nada. Comecei a pensar em várias coisas... Será que o Obama vai salvar o mundo? O Brad Pitt vai ser lindo até quando? Quanto será que a atendente da CPFL ganha pra trabalhar de madrugada... Essas até que eram interessantes. Após uma hora acordada, cheguei ao ponto de contar de quanto em quanto tempo a respiração do João emitia um ronco (4 segundos).
4 da manhã: os caras da CPFL chegam. Aí o cachorro da vizinha começou a latir, o Obama continuou poderoso, o Brad lindo, a moça ganhando mal e eu... sem dormir.
quarta-feira, 11 de março de 2009
O anjinho mau rondou hoje
Hoje fiquei chateada comigo, com a balança e com o mundo. Não é justo fazer dieta a semana inteira e não emagrecer 1 grama, só porque no final de semana comi uns docinhos, salgadinhos, feijoada... Tudo bem, eu errei, mas, anjinho mau (aquele que fica em cima do meu ombro esquerdo) sai fora que eu tô tentando e vou conseguir.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Graças ao anjinho!
Depois de 27 anos, resolvi mudar algumas coisas das muitas que são erradas em mim. Segunda-feira que passou comecei a ir malhar em uma academia. Que maravilha, não? Não. No primeiro dia, quando passei em frente ao lugar, me perguntei: "De onde saiu tanta gente?! Não vou entrar, vou voltar pra casa". Então, o anjinho que fica em cima do meu ombro direito me falou: "Vai idiota, eles também tiveram o seu primeiro dia". E lá fui eu, no auge da minha gordice, fazer exercício físico com as pessoas mais saradas, bizarras e exibicionistas que já vi.
Um espelho gigante forra toda a parede e parece me deixar maior do que já sou (talvez realmente deixe, pra que eu possa achar que nunca estou em forma e gastar mais dinheiro lá... faz sentido). Na Riachelo tem um espelho assim, só que é ao contrário (me deixa bem mais magra). Adoro passar lá de vez em quando pra elevar a auto-estima! Enfim, eu estava lá, com a cara, a coragem e o medo. Me sentia vindo de uma galáxia distante, onde os movimentos principais são levantamento de garfo e copo. Que bobagem! Eles estavam ali porque, assim como eu, não estão felizes como são (prefiro acreditar nisso).
No caminho de volta pra casa, senti vontade de chorar. Não me perguntem a razão, mas foi por uma coisa boa, por acreditar que eu vou conseguir dessa vez, que vou viver mais tempo pra ver meus filhos crescerem... Acho que foi por isso.
Um espelho gigante forra toda a parede e parece me deixar maior do que já sou (talvez realmente deixe, pra que eu possa achar que nunca estou em forma e gastar mais dinheiro lá... faz sentido). Na Riachelo tem um espelho assim, só que é ao contrário (me deixa bem mais magra). Adoro passar lá de vez em quando pra elevar a auto-estima! Enfim, eu estava lá, com a cara, a coragem e o medo. Me sentia vindo de uma galáxia distante, onde os movimentos principais são levantamento de garfo e copo. Que bobagem! Eles estavam ali porque, assim como eu, não estão felizes como são (prefiro acreditar nisso).
No caminho de volta pra casa, senti vontade de chorar. Não me perguntem a razão, mas foi por uma coisa boa, por acreditar que eu vou conseguir dessa vez, que vou viver mais tempo pra ver meus filhos crescerem... Acho que foi por isso.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Revolta pós-carnaval
Certas atitudes carnavalescas me desapontaram este ano. Não sei se, como diz a minha amiga Bete, eu estou velha, ou enlouqueci de vez. Sei lá, até que tava legal, me diverti naquele lugar, com aquelas pessoas, mas às vezes fico pensando se eu deveria estar ali. Quanta gente errada, meu Deus!
Eu vi um menino de aproximadamente 12 anos, chapado, incentivando o seu amigo, mais chapado ainda, a vomitar, enfiando o dedo na garganta e vomitando no meio do povo, como se estivesse soltando um simples arroto (que também não é muito agradável). Ok, até aí, demos risada... hahahha... que ótimo amigo, afinal, não é sempre que temos alguém pra vomitar com a gente.
Na terça-feira, vi algo que mexeu comigo de verdade. Eu vi outro menino, mas esse era meu amigo. Sabe aqueles de infância mesmo? Acho até que nele eu dei o meu primeiro beijo. Ele tava vestido de mulher, todo sujo, bêbado e drogado... que cena chocante e ao mesmo tempo patética. Doeu perceber que crescemos e que a brincadeira agora é outra. Tava tão mal que se passasse a Globeleza pelada, ele nem ia notar.
Nesse dia, eu levei meus filhos pra conhecer o Carnaval, jogar espuma uns nos outros e brincar no pula-pula. Quando vi a cena do amigo de infância drogado, desanimei. Fiquei pensando que daqui a uns 15 anos poderiam ser os meus pequenos. Quando minha irmã era revoltada e tinha 2 piercings, ela dizia: "Estamos brincando de ser feliz no carrossel da ignorância". Eu achava aquela frase tão idiota, mas hoje, vendo certas pessoas, eu me lembro dela, não sei porque.
Eu vi um menino de aproximadamente 12 anos, chapado, incentivando o seu amigo, mais chapado ainda, a vomitar, enfiando o dedo na garganta e vomitando no meio do povo, como se estivesse soltando um simples arroto (que também não é muito agradável). Ok, até aí, demos risada... hahahha... que ótimo amigo, afinal, não é sempre que temos alguém pra vomitar com a gente.
Na terça-feira, vi algo que mexeu comigo de verdade. Eu vi outro menino, mas esse era meu amigo. Sabe aqueles de infância mesmo? Acho até que nele eu dei o meu primeiro beijo. Ele tava vestido de mulher, todo sujo, bêbado e drogado... que cena chocante e ao mesmo tempo patética. Doeu perceber que crescemos e que a brincadeira agora é outra. Tava tão mal que se passasse a Globeleza pelada, ele nem ia notar.
Nesse dia, eu levei meus filhos pra conhecer o Carnaval, jogar espuma uns nos outros e brincar no pula-pula. Quando vi a cena do amigo de infância drogado, desanimei. Fiquei pensando que daqui a uns 15 anos poderiam ser os meus pequenos. Quando minha irmã era revoltada e tinha 2 piercings, ela dizia: "Estamos brincando de ser feliz no carrossel da ignorância". Eu achava aquela frase tão idiota, mas hoje, vendo certas pessoas, eu me lembro dela, não sei porque.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
O dia em que meu pai foi embora
Hoje, minha mãe me ligou às 7h30 da manhã, dizendo que iria me dar a cama que ela comprou a apenas uma semana. O negócio é gigante, mal coube em meu quarto. Mas, enfim, com coisa boa a gente se acostuma fácil, fácil.
Quando a cama chegou, me lembrei do meu pai. Ele foi embora há 9 anos. Não, ele não se mudou de cidade, nem se separou da minha mãe (de certa forma sim)... ele morreu. Assim, do nada, como um vento bom que passa e logo a chuva vem. Era uma sexta-feira à noite, quando eu, com 18 anos, estava queimando um incenso na janela. Ele abriu a porta e disse: "O que você tá fazendo menina! Tá fumando?!". Eu ri e falei: "Não pai, é incenso" (eu era meio riponga naquela época). "Tenha juízo, hein!". Foi a última coisa que ele me disse (e que eu estou tentando aprender até hoje).
Depois daquele dia, a minha vida, da minha mãe e dos meus irmãos (o Ví com 15 anos e a Jú com 16) mudou completamente. Parecia haver um buraco gigantesco em casa e dentro de nós. Mas, com o tempo, fomos nos conformando: ele era GRANDE demais para viver entre a gente.
Um dia após a sua morte, eu não conseguia dormir se não fosse no lugar dele na cama, junto com a minha mãe. E acho que até ela também se sentia mais segura. Gostava de sentir o cheirinho dele, sentir que, de certa forma, ele ainda estava ali.
Foi por isso que me lembrei dele quando ganhei a cama gigante. Fiquei pensando que talvez minha mãe não gostou da cama, porque sentiu um vazio, não pelo móvel ser grande, mas porque as coisas materiais não fazem sentido se não estamos perto de quem nos fazem bem. E, com essas pessoas, é possível dormir até no chão.
Quando a cama chegou, me lembrei do meu pai. Ele foi embora há 9 anos. Não, ele não se mudou de cidade, nem se separou da minha mãe (de certa forma sim)... ele morreu. Assim, do nada, como um vento bom que passa e logo a chuva vem. Era uma sexta-feira à noite, quando eu, com 18 anos, estava queimando um incenso na janela. Ele abriu a porta e disse: "O que você tá fazendo menina! Tá fumando?!". Eu ri e falei: "Não pai, é incenso" (eu era meio riponga naquela época). "Tenha juízo, hein!". Foi a última coisa que ele me disse (e que eu estou tentando aprender até hoje).
Depois daquele dia, a minha vida, da minha mãe e dos meus irmãos (o Ví com 15 anos e a Jú com 16) mudou completamente. Parecia haver um buraco gigantesco em casa e dentro de nós. Mas, com o tempo, fomos nos conformando: ele era GRANDE demais para viver entre a gente.
Um dia após a sua morte, eu não conseguia dormir se não fosse no lugar dele na cama, junto com a minha mãe. E acho que até ela também se sentia mais segura. Gostava de sentir o cheirinho dele, sentir que, de certa forma, ele ainda estava ali.
Foi por isso que me lembrei dele quando ganhei a cama gigante. Fiquei pensando que talvez minha mãe não gostou da cama, porque sentiu um vazio, não pelo móvel ser grande, mas porque as coisas materiais não fazem sentido se não estamos perto de quem nos fazem bem. E, com essas pessoas, é possível dormir até no chão.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Vou me arriscar...
Olá,
Inspirada por alguns colegas jornalistas e outros (que não são jornalistas, mas também são loucos), resolvi criar o meu blog. Assim, só pra desabafar um pouco, pra contar o que acontece no dia-a-dia... Meu, tem tanta coisa que acontece na vida das pessoas que daria um ótimo livro! E por que não na minha? Ah, eu sou importante, sim senhor! Sou mulher, esposa, filha, mãe, jornalista, amiga, irmã, empregada doméstica, às vezes, surda e muda... Pois é! Essa vida complicada, engraçada, atrapalhada e... maravilhosa!
E assim eu começo: boas-vindas (nem sei se já "caiu" o hífen) pra quem vai entrar e boa sorte pra mim!
Inspirada por alguns colegas jornalistas e outros (que não são jornalistas, mas também são loucos), resolvi criar o meu blog. Assim, só pra desabafar um pouco, pra contar o que acontece no dia-a-dia... Meu, tem tanta coisa que acontece na vida das pessoas que daria um ótimo livro! E por que não na minha? Ah, eu sou importante, sim senhor! Sou mulher, esposa, filha, mãe, jornalista, amiga, irmã, empregada doméstica, às vezes, surda e muda... Pois é! Essa vida complicada, engraçada, atrapalhada e... maravilhosa!
E assim eu começo: boas-vindas (nem sei se já "caiu" o hífen) pra quem vai entrar e boa sorte pra mim!
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