domingo, 29 de março de 2009
(Com licença Casimiro de Abreu) Que saudades da aurora da minha vida
Essa madrugada fiquei meio nostálgica. O sono não veio de novo (igual o dia da CPFL -leia o texto Noite sem fim) e eu comecei a lembrar de algumas coisas que aconteceram quando eu tinha 15 anos. Foi uma época e tanto. Naquele tempo eu tinha tudo que eu procuro hoje. Meu pai me buscando na escola ou ficando bravo com o namoradinho novo (PROTEÇÃO), eu e a Bete conversando pelo olhar ou falando juntas a mesma coisa (AMIZADE VERDADEIRA), os beijos do meu vizinho, roubados no portão de casa e o coração pulando na boca quando a luz se apagava (AMOR PURO), as noites em que eu e meus irmãos, antes de dormir, ríamos sem ter porquê e levávamos uma palmada cada um (CUMPLICIDADE), minha mãe passando a mão na minha testa e aquilo me dava um sono (CARINHO)... Ops, uma lágrima caiu no teclado... Se eu pudesse voltar no tempo, por incrível que pareça, não voltaria nessa época. Eu preferi guardar essas lembranças tão bem guardadas numa caixinha de jóias, que não dá pra abrir mais. Às vezes eu abro escondida, choro um pouco, fecho e penso que hoje faltam algumas coisas, mas eu até me contento com o quase.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Uma história leva a outras
Hoje fiquei sabendo que uma nova amiga minha está grávida! Tô tão feliz que resolvi escrever um pouco sobre a época em que eu estava também (Karen, vou repetir histórias que vc já sabe, não precisa ler, rs). Essa minha amiga tem o mesmo nome que a minha filha (Marina) e casou há pouco tempo. Vai nascer mais uma família!
Na minha gravidez eu ainda não tinha me casado, mas já havia encontrado "aquele", o cara meio tonto e superengraçado por quem, sem trocar uma palavra, eu me apaixonei de verdade. Mas não foi tudo cor-de-rosa, não foi nada cor-de-rosa. Estávamos desempregados e fudidos: aquela típica história de duas pessoas irresponsáveis que faziam amor até em cima do capô do carro... Pois é, quando fiquei sabendo da chegada da cegonha, me assustei. Sempre disse pra quem quisesse ouvir que nunca iria me casar e ter filhos. Bate nessa boca! Quando ouvi o coraçãozinho dele pela 1ª vez, amoleci como uma margarina que é esquecida fora da geladeira. Minha mãe chorou.
Quando eu estava no quarto mês, era meu aniversário e, como sempre, estava empolgadíssima para saber o que ia ganhar da minha mãe. Quando abri o presente, era um macacão enorme para gestante. Naquele dia, a minha ficha caiu, chorei no banheiro por um tempo e percebi que a minha realidade ia ser outra. Mal sabia eu que essa nova realidade iria ser a melhor da minha vida: o João Pedro. Me lembro de tantas coisas, tantos chorinhos de bebê, sorrisos, falta de dinheiro, esperança... Depois de cinco anos, chegou a Marina. Mais alegrias, chorinhos, falta de dinheiro... Mas valeu a pena, vale ainda e vai valer sempre, toda vez que eu vê-los dormindo com o bocão aberto ou quando eles me perguntarem alguma coisa e eu souber responder.
Na minha gravidez eu ainda não tinha me casado, mas já havia encontrado "aquele", o cara meio tonto e superengraçado por quem, sem trocar uma palavra, eu me apaixonei de verdade. Mas não foi tudo cor-de-rosa, não foi nada cor-de-rosa. Estávamos desempregados e fudidos: aquela típica história de duas pessoas irresponsáveis que faziam amor até em cima do capô do carro... Pois é, quando fiquei sabendo da chegada da cegonha, me assustei. Sempre disse pra quem quisesse ouvir que nunca iria me casar e ter filhos. Bate nessa boca! Quando ouvi o coraçãozinho dele pela 1ª vez, amoleci como uma margarina que é esquecida fora da geladeira. Minha mãe chorou.
Quando eu estava no quarto mês, era meu aniversário e, como sempre, estava empolgadíssima para saber o que ia ganhar da minha mãe. Quando abri o presente, era um macacão enorme para gestante. Naquele dia, a minha ficha caiu, chorei no banheiro por um tempo e percebi que a minha realidade ia ser outra. Mal sabia eu que essa nova realidade iria ser a melhor da minha vida: o João Pedro. Me lembro de tantas coisas, tantos chorinhos de bebê, sorrisos, falta de dinheiro, esperança... Depois de cinco anos, chegou a Marina. Mais alegrias, chorinhos, falta de dinheiro... Mas valeu a pena, vale ainda e vai valer sempre, toda vez que eu vê-los dormindo com o bocão aberto ou quando eles me perguntarem alguma coisa e eu souber responder.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Noite sem fim
Eu e meu marido acordamos com um estrondo. Sabe aquele barulho que parece um curto circuito? E era mesmo. Um poste começou a pegar fogo em frente a minha casa, em plenas 2h da madruga. E lá vou eu ligar para a CPFL, escutar o clássico "para falar com um de nossos atendentes, digite 1, para saber da sua fatura, digite 2..." e assim vai, até o 10 mais ou menos. Depois de um tempo, atendeu uma coitada. Como eu tenho dó de quem trabalha à noite. Com o seu gerúndio proveniente das salas de telemarketing e afins (Danilo, lembrei de você), ela disse que "IRIA ESTAR MANDANDO ALGUÉM PARA VERIFICAR".
Depois do susto, o João já começou a roncar, eu virei pra um lado e para o outro e nada. Comecei a pensar em várias coisas... Será que o Obama vai salvar o mundo? O Brad Pitt vai ser lindo até quando? Quanto será que a atendente da CPFL ganha pra trabalhar de madrugada... Essas até que eram interessantes. Após uma hora acordada, cheguei ao ponto de contar de quanto em quanto tempo a respiração do João emitia um ronco (4 segundos).
4 da manhã: os caras da CPFL chegam. Aí o cachorro da vizinha começou a latir, o Obama continuou poderoso, o Brad lindo, a moça ganhando mal e eu... sem dormir.
Depois do susto, o João já começou a roncar, eu virei pra um lado e para o outro e nada. Comecei a pensar em várias coisas... Será que o Obama vai salvar o mundo? O Brad Pitt vai ser lindo até quando? Quanto será que a atendente da CPFL ganha pra trabalhar de madrugada... Essas até que eram interessantes. Após uma hora acordada, cheguei ao ponto de contar de quanto em quanto tempo a respiração do João emitia um ronco (4 segundos).
4 da manhã: os caras da CPFL chegam. Aí o cachorro da vizinha começou a latir, o Obama continuou poderoso, o Brad lindo, a moça ganhando mal e eu... sem dormir.
quarta-feira, 11 de março de 2009
O anjinho mau rondou hoje
Hoje fiquei chateada comigo, com a balança e com o mundo. Não é justo fazer dieta a semana inteira e não emagrecer 1 grama, só porque no final de semana comi uns docinhos, salgadinhos, feijoada... Tudo bem, eu errei, mas, anjinho mau (aquele que fica em cima do meu ombro esquerdo) sai fora que eu tô tentando e vou conseguir.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Graças ao anjinho!
Depois de 27 anos, resolvi mudar algumas coisas das muitas que são erradas em mim. Segunda-feira que passou comecei a ir malhar em uma academia. Que maravilha, não? Não. No primeiro dia, quando passei em frente ao lugar, me perguntei: "De onde saiu tanta gente?! Não vou entrar, vou voltar pra casa". Então, o anjinho que fica em cima do meu ombro direito me falou: "Vai idiota, eles também tiveram o seu primeiro dia". E lá fui eu, no auge da minha gordice, fazer exercício físico com as pessoas mais saradas, bizarras e exibicionistas que já vi.
Um espelho gigante forra toda a parede e parece me deixar maior do que já sou (talvez realmente deixe, pra que eu possa achar que nunca estou em forma e gastar mais dinheiro lá... faz sentido). Na Riachelo tem um espelho assim, só que é ao contrário (me deixa bem mais magra). Adoro passar lá de vez em quando pra elevar a auto-estima! Enfim, eu estava lá, com a cara, a coragem e o medo. Me sentia vindo de uma galáxia distante, onde os movimentos principais são levantamento de garfo e copo. Que bobagem! Eles estavam ali porque, assim como eu, não estão felizes como são (prefiro acreditar nisso).
No caminho de volta pra casa, senti vontade de chorar. Não me perguntem a razão, mas foi por uma coisa boa, por acreditar que eu vou conseguir dessa vez, que vou viver mais tempo pra ver meus filhos crescerem... Acho que foi por isso.
Um espelho gigante forra toda a parede e parece me deixar maior do que já sou (talvez realmente deixe, pra que eu possa achar que nunca estou em forma e gastar mais dinheiro lá... faz sentido). Na Riachelo tem um espelho assim, só que é ao contrário (me deixa bem mais magra). Adoro passar lá de vez em quando pra elevar a auto-estima! Enfim, eu estava lá, com a cara, a coragem e o medo. Me sentia vindo de uma galáxia distante, onde os movimentos principais são levantamento de garfo e copo. Que bobagem! Eles estavam ali porque, assim como eu, não estão felizes como são (prefiro acreditar nisso).
No caminho de volta pra casa, senti vontade de chorar. Não me perguntem a razão, mas foi por uma coisa boa, por acreditar que eu vou conseguir dessa vez, que vou viver mais tempo pra ver meus filhos crescerem... Acho que foi por isso.
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